sexta-feira, 12 de junho de 2009

CONFORTO, CONFORMISMO E MUDANÇA: O PSEUDO-PRAZER DE SE MANTER NA ORGANIZAÇÃO

Resumo
Felizardo T. B. Costa
Pedro F. Bendassolli
Publicado nos anais do IV CPSI. X Semana de Psicologia da Universidade Estadual de Maringá. Conhecimento e saúde mental: compromisso com o desenvolvimento humano. 26 a 29.05.2009.ISSN: 1679-558X


A preocupação em estudar as relações que se estabelecem entre indivíduo e organização tem-se mostrado cada vez mais importante, na medida em que permite a ampliação do campo de conhecimentos que hoje se detém sobre o assunto. Essa é uma tarefa que vários pesquisadores têm vindo a desenvolver. Este trabalho representa essa mesma preocupação, nele se tentará abordar a relação indivíduo-organização tentando discutir alguns mecanismos que aparecem subjacentes a esta relação, tentando lidar com questões como: o que os indivíduos procuram na organização, o que ela oferece corresponde as suas expectativas, como se opera a identificação do sujeito com a organização e com a tarefa que lhe é incumbida?
É claro que neste espaço não seria possível entrar profundidade em todas estas questões, mas espera-se ao menos que as discussões que se aflorarem possam surtir algum efeito, no sentido de estimularem abordagens mais inusitadas.

OS LIMITES CULTURAIS DA PSICANÁLISE

Felizardo T. B. Costa
Francisco Hashimoto
Publicado nos anais do IV CPSI. X Semana de Psicologia da Universidade Estadual de Maringá. Conhecimento e saúde mental: compromisso com o desenvolvimento humano. 26 a 29.05.2009.ISSN: 1679-558X

Com este artigo se pretende refletir em torno das limitações culturais da psicanálise e o fato de ela não justificar uma abrangência respeitante a suposição de que alguns aspectos por ela tratados representam experiências universais, como é o caso do complexo de Édipo. Entretanto, o escopo do mesmo é a discussão em torno da idéia de civilização apresentada por Freud de maneira monumental na sua obra: “O mal-estar na civilização”, intuindo a partir de Birman que Freud referiu-se a uma civilização que representava na verdade uma pequena parte da humanidade e não uma civilização pensando numa cultura global. Ao se trazer esta discussão não se pretende diminuir a importância dos estudos de Freud, mas ao contrário, favorecer uma abertura do que hoje se tem como seu legado, à experiência, que sem dúvida enriqueceria não somente a teoria, mas também a prática psicanalítica, pois se entende que o desejo de universalização da ciência passa necessariamente pela prescutação dos fenômenos que ela se propõe estudar em vários contextos.
Não se trata aqui de invalidar concepções já vincadas, mas de habilitar-lhes com uma visão pluridimensional, uma visão que ouse levar o psicanalista em direção a realidades diferentes daquelas que a teoria condensou, de alternativas que reflitam a preocupação do mesmo em embrenhar-se em novos desafios interpretativos permitindo uma retratação da prática que promova a retratação da teoria em pauta. As discussões contidas neste artigo foram mobilizadas pela contestação de Birman a obra de Freud, já citada, relativamente ao uso que o mesmo (Freud) faz do termo civilização e é nesta base que discorre o diálogo trazido neste texto. Entretanto e para tornar claras as bases do mesmo, se trata de colocar em perspectiva certos antecedentes sobre os usos do termo.