segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Mesa de apresentação do livro, O lado obscuro do amor

À sessão de autógrafos, antecedeu-se a apresentação e discussão crítica da obra, que esteve a cargo de dois professores versados na área. Ima Panzo e Manuel de Victória pereira. O autor ainda teve a oportunidade de trocar impressões sobre o livro, com os leitores. 


Da esquerda para a direita: o professor Manuel de Victória Pereira (debatedor do livro), Felizardo Tyiengo (autor do livro) e o professor Boaventura Ima Panzo (apresentador do livro)



Lançamento do livro "O lado obscuro do amor" no Lubango, Angola - 07.01.11

O lançamento do livro foi realizado no Anfiteatro do ISCED-Lubango, com a presença especial dos pais e familiares do autor, de várias pessoas interessadas em leitura e ainda a de professores da instituição.
   
1ª Fila da esquerda para direita: Vice-reitor da Universidade Mandume, Prof. José Luís Alexandre,
Vice-governador para a esfera política e social da Huíla, Prof. José Arão N. Chissonde,
Vice-director da área académica, do ISCED-Lubango Prof. Carlos Rodrigues Pinto e
Vice-director da área Científica do ISCED-Lubango, Prof. Francisco Pedro.
Na 2ª Fila, da direita para a esquerda: Alice, Nucha Freitas,Tache,
 Isilda e Fernando Costa (pais do autor) e Paulo Dala (tio)
Foto: Arimateia Baptista (http://www.jaimagens.com/index.php?action=actual&id=7904)





Heróis do ar

É Mentira que os heróis do ar são os pilotos de aviões de guerra, enviados para missões suicidas, com a ideia ridícula de que vão salvar a pátria e proteger a integridade territorial, quando na verdade vão subjugar outros pela força. Estes, mesmo sem saberem, são os vilões, porque os verdadeiros heróis são os passageiros.
Para começar, são os únicos que viajam sem jamais saberem quais são as verdadeiras implicações do que estão a fazer, e quase nunca são informados sobre as probabilidades que existem de que a sua viagem seja apenas de ida. Do enorme grupo da tripulação só conseguem contactos esporádicos com as aeromoças, na hora do lanche, ou quando elas exercem a sua autoridade obrigando as pessoas a apertarem os cintos, endireitar as cadeiras, fechar ou abrir as janelas, e tentando nos fazer acreditar que essas pequenas coisas vão nos manter seguros. Ninguém fala aos passageiros sobre a experiência do comandante, se tem filhos, se estás satisfeito com a sua vida, se tem tendências suicidas ou pior, se sabe que está a ser corneado pela esposa, ou seja, entregamos as nossas vidas nas mãos de um perfeito desconhecido, de quem ouvimos apenas uma voz que faz lembrar um homem desgastado pelos sofrimentos da vida, de cada vez que ele diz um prudente “bem-vindos Srs. Passageiros” apenas depois da descolagem ou aterrisagem. Pelo menos por enquanto essa voz nos dá um mínimo de conforto, mas o que será quando ouvirmos um “olá Srs passageiros”, jovial, que transpire a irresponsabilidade que estamos acostumados a imputar aos jovens? Não sei o que pode realmente acontecer, mas concerteza, os passageiros continuarão a fazer a sua parte. Sujeitar-se ao risco.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Sereias do ar

O contrário dos sorrisos cínicos das vendedoras, é concerteza a seriedade das aeromoças. Ninguém resiste sem um pequeno abalo, ao seu categórico “por favor desligue o telemóvel”. Eu até entendo que estão apenas a tentar fazer o seu trabalho, mas Suku yangue, elas são demais. Sabem quando dar um sorriso que quase nunca fazem questão de que pareça simpático, enquanto acariciam os nossos ouvidos com uma autoridade camuflada na veludez das suas vozes tão ironicamente afáveis. Me parece até que é a única profissão em que os clientes é que têm que fazer os funcionários sorrirem, e olha que muitos passageiros tentam. Até porque na maior parte das vezes existe aquele exotismo misterioso que paira sobre essas sereias do ar. E uso sereias propositadamente porque desde há muito eu oiço que elas são sempre lindas, o que só pode ser uma estratégia de marketing. O passageiro pensa logo à entrada, “pelo menos morro como uma voz bonita a afagar-me os ouvidos”, quando na verdade isso não passa de uma fantasia sem verdadeiras consequências, mas pelo menos é agradável, o que não é nada agradável são os pedidos autoritários como “ocupe o seu lugar”, “endireite a sua cadeira” e “aperte o sinto por favor”, em que o por favor cumpre uma função totalmente diferente daquela a que estamos habituados, por mais difícil que isso possa parecer.

Imagem: www.cvsilva.multiply.com

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O lado obscuro do amor em Angola

Dia: 7 de Janeiro pelas 17 horas
Local: Anfiteatro do ISCED do Lubango
Apresentação e discussão crítica de
Boaventura Ima Panzo e Manuel de Vitória Pereira

Programação
Momento cultural (Música ao vivo)
Apresentação e bate-papo
Sessão de autógrafos
Cocktail

Apresentação especial no Cassino Olímpia (Shopping Millenium)
Dias: 7, 8 e 9.01.2011 pelas 22horas