quinta-feira, 31 de outubro de 2013
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
LANÇAMENTO DO LIVRO
A
PROSTITUIÇÃO DO POLITICAMENTE CORRETO
Data: 08/11/2013 Horário: 19h:30min
Rua Henrique Schaumann,
777. Pinheiros
São
Paulo (Brasil)
domingo, 13 de outubro de 2013
CAFEZINHO?
Gosto de pensar, que o cafezinho que
oferecemos, ou nos é oferecido, é muito mais do um simples café, é um arranjo
social, uma possibilidade de contato entre as pessoas, uma oportunidade de
engatilhar uma conversar de forma aparentemente desinteressada, sem o formalismo
que exigiria o brochante prolegômeno:
- Precisamos conversar.
Acho que a maioria não pensa muito
nisso, que o café é muito mais do que uma chávena minúscula com um líquido de
sabor duvidoso, que, no entanto está presente em muitas das nossas interações. Igual
ao chá inglês ou à bulunga (quissangua) angolana, ele é também e
essencialmente, um fato social.
A gente começa muitas vezes com um:
- ...cafezinho? Que sabemos que
devemos responder com um comedido e bem educado sim! Mas também sabemos que este não
é um sim qualquer. Ele é sui-gênere,
especial, pois abre portas para um mundo, que um incauto não! Interromperia à
meio do caminho.
“Quer um cafezinho”, é quase uma
maneira inovadora de dizer, tudo bem, como vai você, como está, que tal bater
um papinho? É a pergunta que trás muito mais do que aquilo que parece que se
quis perguntar (por detrás do açúcar ou adoçante?), é a oportunidade de
trocarmos confidências nos intervalos das supervisões, de fazermos umas fofocas
básicas sobre a vida interessantemente promíscua dos colegas de trabalho, uma
desculpa sancionada socialmente para interromper discussões acaloradas, ou para
propor uma mudança de direção naquelas abordagens desnecessariamente incômodas.
É um convite para matar a saudade das
conversas, que não precisam levar a lugar algum, mas nos permitem usar a
companhia do outro, sem preocupações com assuntos sérios e comedidos.
Esse cafezinho é o ingrediente que
torna encontros banais em momentos interessantes e gostosos, tão doces que faz
esquecer o amargor que sobrevive aos nossos dramas cotidianos. Com adoçante ou açúcar,
ele é o fato que consubstancia o social!
OBS.: Este texto é uma homenagem ao pessoal da República São Jorge (Claudinei, Maico e Waldir).
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